domingo, 27 de setembro de 2015

Porto Alegre: Nova Coleta Seletiva começa nesta segunda-feira

Porto Alegre: Nova Coleta Seletiva começa nesta segunda-feira

Porto Alegre: Nova Coleta Seletiva começa nesta segunda-feira

Os novos dias e horários de recolhimento de resíduos recicláveis começam a valer nesta segunda-feira, 28. A ordem de início do serviço será dada às 7h30, na rua Conselheiro Travassos, 629, local de onde a nova frota de caminhões sairá para cumprir os novos roteiros a partir das 8h. Os novos funcionários serão recepcionados em café da manhã às 7h, com as presenças do prefeito José Fortunati, do diretor-geral do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), André Carús, e do diretor-presidente da Cootravipa, Jorge Luiz Bittencourt da Rosa, empresa vencedora da licitação.
A alteração dos roteiros da Coleta Seletiva qualifica a operação logística de recolhimento de recicláveis que, desde 1990, quando foi iniciada a Coleta Seletiva, veio sendo ampliado, mas não revisto como um todo. Além de atender pelo menos duas vezes por semana a totalidade das ruas que comportam a entrada de caminhões, 19 bairros terão o serviço três vezes por semana. Atualmente, apenas o Centro Histórico é atendido três vezes por semana.
O redesenho logístico teve como premissas a busca por uma maior cobertura, sem aumento de custos e equipes. Após amplo diagnóstico do serviço atual e de estudo técnico, o sistema logístico de coleta foi totalmente reformulado. A coleta não ocorrerá mais por bairros, mas por regiões, que receberão o serviço de forma concentrada. Por isso, a consulta disponível no site do DMLU deve ser feita a partir do endereço completo (rua e número), pois há casos em que o recolhimento de recicláveis de um mesmo bairro ou rua ocorrerá em dias distintos.

Discussão sobre 'ligação seca' entre Santos e Guarujá ocorre há 89 anos

Discussão sobre 'ligação seca' entre Santos e Guarujá ocorre há 89 anos

27/09/2015 - 15:35 - Atualizado em 27/09/2015 - 15:59
Ponte estaiada foi anunciada em 2009 pelo DER
A Secretaria de Estado de Logística e Transportes gastou, no mínimo, R$ 57 milhões com a contratação de projetos e de estudos de viabilidade e de impacto ambiental, desde 2009, para construir a tão sonhada ligação viária entre as cidades de Santos e Guarujá.
O montante citado acima se refere ao custo com propostas elaboradas pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER) para erguer a ponte estaiada, anunciada em maio de 2009, e pela Dersa para tirar do papel o túnel submerso, divulgado em agosto de 2011.
O anseio dos moradores da região por essa obra estratégica se arrasta desde o início do século passado, mas não há uma previsão de quando esse empreendimento será concretizado, após 89 anos do primeiro esboço dessa via elaborado pelo engenheiro e arquiteto Enéas Marini, em 1926.
Apesar de muitos embates e discussões e considerar o empreendimento uma das importantes obras viárias da América Latina, o Ministério Público de Contas (MPC) tem o receio de que a proposta de túnel submerso naufrague como a ideia da ponte devido à falta de maturação de diálogo com as prefeituras e, principalmente, com a população diretamente afetada pelo empreendimento.
Por esse motivo, o procurador do MPC Rafael Antonio Baldo apontou irregularidade nos três contratos sobre os projetos e estudos relacionados à ligação viária firmados pelo DER e Dersa, devido às inúmeras falhas nos processos licitatórios e à ausência de uma unidade das estatais de uma mesma pasta. Afinal, elas lançaram propostas distintas com “o dispêndio inócuo de verbas públicas”.
O MPC solicitou ainda a aplicação de multa aos gestores públicos envolvidos nos contratos. Cabe agora ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) acatar ou não o pedido do MPC para punir os responsáveis. Ainda não há previsão de quando esses processos serão julgados.
Falta de diálogo
Baldo afirma que começou a verificar o caso em 2012. O problema é que a análise das concorrências e contratos ocorreu de forma isolada. Para o procurador, o fato de a tramitação dos processos não ocorrer de forma conjunta é “perigosa” para o controle externo.
“A partir de um pedido de um dos conselheiros, fizemos a reunião dos processos diferentes, em 2014, o que permitiu um novo olhar para a questão. Ainda que as partes sejam isoladamente regulares, o somatório de todos os processos permite uma visão global que culmina pela irregularidade”, diz. 
O procurador destaca que a grande questão analisada em sua manifestação é a ineficiência do Estado em desenvolver o projeto de uma das ligações viárias mais importantes da América Latina.
“Temos duas entidades estatais (DER e Dersa) vinculadas à mesma secretaria (Logística e Transportes) e que deveriam ter uma atuação comum para uma solução, seja o túnel ou ponte, mas houve o gasto de dinheiro com projetos diferentes”, afirmou.
Outro ponto delicado citado pelo representante do MPC é a dificuldade de diálogo com as prefeituras a respeito dos estudos de impacto de vizinhança (EIV) e ambiental (EIA-Rima), o que demonstra um planejamento inadequado e ineficiente dos órgãos estatais.
“A jurisdição de contas é muito focada no controle formal dos meios, mas muitas vezes é preciso transcender isso para buscar um controle material e perguntar se a administração pública cumpre de uma maneira eficiente o que se propõe”, destaca. 
Por esse motivo, Baldo frisa a necessidade de começar a se questionar o projeto básico, a coerência administrativa dos órgãos e até mesmo o diálogo das estatais com as entidades governamentais e com a própria sociedade civil, devido aos impactos causados com uma obra de grande porte.
“Muitos aspectos formais foram cumpridos pelo Estado, mas o grande problema foi uma deficiência na elaboração do projeto básico da ligação seca, ou seja, é como se fosse um defeito de origem que causa um efeito cascata, que são corrigidos por termos aditivos. Na minha opinião, esse projeto nasceu natimorto”.
Os problemas, segundo o MPC
Ponte estaiada
Para o Ministério Público de Contas (MPC), o projeto sobre a ponte estaiada gerou “despesas inócuas”, porque o termo de referência foi divulgado e serviu como subsídio para a tomada de preços, sem a devida maturação de diálogo com as prefeituras e a população de Santos e Guarujá.  
Vale lembrar que o projeto inicial foi alterado por conta de questões ambientais, urbanísticas, de tráfego e desapropriações que poderiam ter sido abordados no Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV). “Os tópicos do EIV poderiam ter sido abordados no EIA-Rima (estudo e relatório de impacto ambiental), porque, no projeto da ponte, tais temas foram desconsiderados”, apontou o MPC.
Túnel submerso
Na visão do procurador do MPC, Rafael Antonio Baldo, a decisão da Dersa ao optar pelo túnel imerso pré-moldado representa a adoção de uma tecnologia inédita no País, o que representa a redução 
do universo de competidores na concorrência. “Trata-se de decisão política com roupagens de aparente tecnicidade, gerando prejuízo ao erário. E a maior prova já consta nos autos”, citou. 
Na sequência, ele cita que para a execução da licitação firmada para elaborar o EIA-Rima foi necessária a contratação de uma empresa estrangeira para fazer o detalhamento executivo e os estudos relacionados à área ambiental, pagando duas empresas por um único serviço.
O projeto do túnel, feito pela Dersa, teve vários estudos, mas emperrou por questões financeiras

Opinião
“A preocupação principal do Ministério Público de Contas do Estado de São Paulo é a de que o projeto da Dersa tenha o mesmo destino da ponte projetada pelo DER, naufragando em despesas inócuas”
“Ao analisar o contexto onde despontaram os estudos para o túnel submerso e para a ponte estaiada, percebe-se que o desenvolvimento dois projetos ocorreu em circunstâncias bastante obscuras, conduzidas por órgãos estatais (DER e Dersa) que poderiam ter buscado uma via comum para a ligação viária, sem falar nas falhas formais que macularam os editais, os contratos e os termos aditivos”
Trechos da decisão do procurador do Ministério Público de Contas Rafael Antonio Baldo

Respostas
Dersa 
A Dersa não quis rebater as críticas apontadas pelo Ministério Público de Contas e se limitou a informar que mantém o mesmo posicionamento adotado ao longo dos referidos processos e responderá, pontualmente, todas as solicitações do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Na edição de A Tribuna do dia 15 de agosto, o presidente da estatal, Laurence Casagrande Lourenço, justificou que a proposta só avançaria quando o Estado tiver autorização do Tesouro Nacional para ampliar seu endividamento em R$ 7 bilhões para viabilizar o túnel submerso, que está orçado hoje em R$ 3,2 bilhões. Portanto, não há previsão de quando a obra será retomada.
 DER
Afirma em nota que providencia os esclarecimentos ao Ministério Público de Contas e que as respostas serão enviadas no prazo estipulado

FRETE MAIOR RESPONSÁVEL PELOS CUSTOS LOGÍSTICOS NAS COMPRAS VIRTUAIS

Frete ainda é o maior responsável pelos custos logísticos nas compras virtuais


O frete ainda é o maior responsável pelos custos logísticos no comércio eletrônico no Brasil, representando 62,6% do valor total. Espremidas pelos custos cada vez mais elevados, aumenta o número de lojas virtuais que repassam ou dividem o custo do frete com os clientes.
Esses e outros dados sobre foram levantados pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).
Segundo o estudo feito em agosto, a participação do custo com logística aumentou em relação a 2013, quando era de 58%. Os demais custos da operação são com armazenagem (19%), que era 23% em 2013 e 17,5% com manuseio (era 19% em 2013).
- Investimentos realizados em automação e capacitação trazem mais performance no manuseio e conseqüente redução de custos, especialmente na logística. Por isso, é de fundamental importância essa integração maior entre as empresas de logística e quem atua no comércio eletrônico - afirma o presidente da ABComm, Maurício Salvador.
De acordo com a pesquisa, houve crescimento de lojas virtuais com armazenagem própria. 89,6% das lojas entrevistadas têm armazenagem própria, contra 82% em 2013. Custo mais baixo e maior controle sobre a operação são as principais vantagens. Baixa elasticidade em datas sazonais e menor poder de barganha com transportadoras são as desvantagens. Empresas com armazenagem terceirizada conseguem operar a partir de outros estados, aproveitando-se de incentivos fiscais.
Nesse levantamento foi incluída uma pergunta para avaliar o volume de lojas virtuais que trabalham com estoques consignados (drop shipping), modalidade que deve ser tendência em tempos de crise. De acordo com a pesquisa, 19,8% das lojas usam essa modalidade como parte de seu catálogo de produtos, 6,0% com todo o seu catálogo e 74,2% ainda não utilizam.
Outro aumento detectado foi de lojas virtuais que utilizam transportadoras privadas (35% em 2013 e 42,7% em 2015) em detrimento ao uso dos Correios (93% em 2013 e 87,5% este ano). O uso de frota própria também apresentou queda entre as lojas virtuais (13% contra 10,9% em 2015).
A pesquisa identificou que o principal problema enfrentado pelas lojas virtuais frente aos Correios é o atraso na entrega. A demora e o mau atendimento também aparecem em destaque. Outro problema grave é a falta de segurança: furtos e extravios ocorrem com freqüência.
Na contramão do avanço tecnológico, o prazo médio de entrega aumentou em média 35% nas principais capitais brasileiras. As lojas virtuais perceberam que prometer prazos de entrega apertados pode significar problemas de reclamação, arranhões em sua imagem nas redes sociais e até mesmo processos jurídicos. Em alguns casos, como no Rio de Janeiro, percebe-se que há problemas graves com as entregas.